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segunda-feira, 7 de março de 2011

HISTÓRIA MISSIONÁRIA (Ipsis litteris)


HISTÓRIA MISSIONÁRIA
       ANTES de subir ao céu, Jesus encarregou os apóstolos de pregar a sua doutrina a todos os povos e batizá-los, para que assim todos os homens se convertessem à verdadeira religião.
       Os apóstolos tinham a idéia de propagá-la a todos, mas só através dos judeus. Coube a São Paulo mostrar o erro dêsse pensamento, dirigindo-se também diretamente aos gentios e tornando-se assim o primeiro missionário.
       Logo a seguir, todos os demais apóstolos (exceto Tiago que ficou em Jerusalém) partiram pra longínquas terras para difundir entre os pagãos a doutrina de seu Divino Mestre. Nêste trabalhos foram secundados por numerosos outros que se entregaram com todas as fôrças a esta sublime missão.
       No início da Idade Média, quando os bárbaros, em grandes invasões, ameaçavam destruir a cultura e civilização existente, surgiram homens corajosos e abnegados que, à custa de grandes sacrifícios e às vêzes da própria vida, conseguiram trazer êstes povos ao seio da religião e da civilização.
       Alguns dêstes ligaram o seu nome à história da terra que evangelizaram: São Patrício, hostilizado no início, conseguiu converter os Pictos e Escotos, habitantes da Irlanda.
       Os Anglos são trazidos à religião pelo monge Santo Agostinho e mais 40 companheiros enviados à Inglaterra pelo papa Gregório Magno.
       Os Francos e Germanos são igualmente convertidos por São Remígio e São Bonifácio respectivamente.
       No início da Idade Moderna, com as grandes descobertas, abriu-se um vasto campo para a ação missionário, para onde acorreram muitíssimos imbuídos no santo desejo de ganhar almas para Deus.
       Sacerdotes de diversas Ordens embrenharam-se nas terras da América, África, e Ásia, em busca do negro e do amarelo para a Igreja de Cristo.
       Nêste mister não podem ser olvidados os trabalhos de São Francisco Xavier nas Índias e no Japão e os de Nóbrega e Anchieta nas terras brasileiras.
       Ainda hoje, depois de vinte séculos, a Igreja vem cumprindo o preceito de Cristo. Muito resta, no entanto, para fazer. Apenas uma quinta parte da humanidade pertence à Igreja de Cristo, mais da metade são pagãos, e o restante são protestantes e cismáticos.
       Contudo, a ordem que Jesus deu não vale apenas para os apóstolos e missionários, mas para todos os cristãos e lhes impõe a obrigação de rezar e de fazer boas obras e sacrifícios pelas Missões.
Max Ordonez de Sousa
1º Científico.  

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Crônicas: as boas férias e as boas aulas (Ipsis litteris)

CRÔNICAS                                                                     
   1º de Março!!! Acabaram-se as tão boas férias para darem lugar as tão boas aulas!
   Com o início das aulas nós passamos a frequentar menos vêzes a sala de recreio, e em consequência, passamos a frequentar mais vêzes a sala de estudos. Mas, aos poucos, fomos nos acostumando ao novo regime, dividido em oração, estudo e recreio.
   Dia 4 de março chegam mais dois novatos, perfazendo um total de 34 seminaristas, dos quais 32 estão no seminário menor e 2 no noviciado.
   Dia 15, o seminário completou o seu 6ª. ano de fundação. Êste fato foi comemorado alegremente, havendo até guaraná na hora do almoço.
   No dia seguinte houve outro motivo de alegria: o nosso Diretor completou seu 13º. ano de sacerdócio, dos quais êle passou 6 anos em nosso seminário.
   Como março é o nosso primeiro mês de aula, parece-nos que passa mais depressa que os outros. Assim, chegamos rapidamente à época das provas, que foram mais cêdo, porque a última semana do mês era a Semana Santa. Nesta época todos estudam animadamente, mas, passada esta, todos voltam ao seu antigo "amor" aos estudos.
   Com o dia 22, Domingo de Ramos, iniciou-se a Semana Santa. Pela manhã fomos à cidade, para assistir à Missa e à bênção dos Ramos. À tarde houve uma reunião da nossa Congregação Mariana, havendo nessa ocasião, um discurso pronunciado pelo congregado Lydio.
   Quarta feira à noite, descemos à cidade; para ouvir o Sermão do Encontro, pregado por um frei dominicano.
   Quinta feira Santa assistimos à Missa In Coena Domini, realizada em comemoração da instituição da Santíssima Eucaristia.
   Sexta feira à tarde fomos assistir às cerimônias da Paixão de Jesus Cristo, e à noite ouvimos o Sermão do Descimento da Cruz.
   Sábado, `s 10,30 hs. da noite, voltamos à cidade a fim de assistir à Missa da meia-noite.
   Domingo de manhã, quando chegamos no seminário, esperava-nos uma ótima ceia, composta de chocolate, dôces e ovos. Quando acabamos de ceiar, eram quase 3 hs. Fomos deitar para levantar sòmente às 9 horas.
   Segunda feira após a Semana Santa não houve aula, porque os padres ainda não haviam regressado de suas pregações em outras cidades.
   Na terça feira, após uma semana de férias, voltamos às saudosas aulas com novo ânimo.
   Dia 31, saiu o primeiro número do nosso tão querido "O Repórter Crúzio", de 1959, que, tendo pouco mais de um ano de fundação, continua e continuará sempre, se Deus quizer, a sua jornada, tão brilhantemente iniciada.
   Dia 6 de abril inaugurou-se um quadrangular, disputado pelo seminário, 2ª. 3ª.. e 4ª. séries do ginásio. Assim  após longo tempo, o seminário voltou a jogar.
   Nessa época houve uma falta de luz na cidade. A maior parte de nós ficou alegre com isto, pois não haveria estudo à noite. Só alguns estudiosos reclamaram.
   No dia 21, dia consagrado ao grande mártir da Independência, Tiradentes, não houve aulas, mas houve estudo por estarmos em época de provas.
   Dia 3 de maio, tôda a Igreja, e principalmente a Ordem da Santa Cruz, comemorou a Invenção da Santa Cruz, levada a efeito por Santa Helena, mãe do Imperador Constantino.
   4 de Maio: o seminário consagrou-se campeão do quadrangular, e, em virtude dêsse feito, o Pe. Diretor concedeu-nos uma data de feriado no dia seguinte.
                  Max J. O. F. de Souza.     3ª. série.