sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Relatório do VII Encontro da EASO por Siovani

I

Amanhecer de Campo Belo como visto do Convento dos
Crúzios. Foto Gentilmente cedida por Nazaré Costa (Cli-
que para abir a foto em tamanho grande)
A foto da Nazaré com que iniciamos a abertura deste relato do nosso Sétimo Encontro pode ser vista como uma feliz representação e coroação das conversas que tivemos durante o encontro; vou tentar transmitir neste relato o porquê de tal observação.

Quando chegávamos a Campo Belo, quando a cidade se abriu diante dos nossos olhos, o sol mostrava-se enorme e vermelho descendo atrás de um morro. Naquele dia, 25 de Setembro, praticamente no equinócio da primavera, esse espetáculo acontecia às seis horas. Ali ele morria para renascer na foto que o Raimundo fixou. Para conseguir o objetivo que tracei acima vou falar de duas jornadas: a do nosso VII Encontro e, entremeada, de uma outra tecida em um  poema de Fernando Pessoa que fez parte de uma conversa que mantive com o Edgard, sendo esta sua primeira estrofe:

         Eros e Psique

Conta a lenda que dormia

Uma Princesa encantada

A quem só despertaria

Um Infante, que viria

De além do muro da estrada.


A simpatia acolhedora do Padre
Júlio.
O nosso Encontro, também adormecido na espera de um longo ano, renascia naquela noite com a presença dos caros amigos easistas no Convento da Santa Cruz, onde fomos acolhidos pela simpatia do Padre Júlio. Logo ao chegar já nos surpreendemos pela bela obra que encontramos, a qual víramos antes apenas nos alicerces. Feitas as inscrições, fomos levados a uma sala onde uma mesa fazia o centro para reuniões. Ao lado janelas se abriam para a cidade, que se oferecia em uma vista panorâmica. Ali nos esperava também, além dos padres brasileiros e noviços da Ordem de Santa Cruz, o representante dos antigos padres holandeses, o Padre Tiago, figura agradável, sempre com um sorriso nos lábios, uma pequena voz suave, que num momento posterior, ao responder aos agradecimentos que foram dirigidos aos padres que nos acolheram no seminário, devolveu-nos: “o que seria de nós sem vocês”.

Os padres Crúzos
Após as palavras de acolhida do Padre Júlio foram feitas as orações que o Tupi preparara em folhas impressas, cujo auge foi a música de Gonzaguinha “O que é, o que é?”. Em uma apóstrofe às orações, o casal Nonato e Nazaré recebeu um pacote, que aberto revelou uma escultura do Espírito Santo, um presente da Fátima, esposa do Santana, – esta esteve ausente ao Encontro devido a uma viagem – para que fosse instalado no sítio do casal; tendo sido a imagem abençoada, ali mesmo, pelo Padre Tiago. Em seguida o Edgard pediu a palavra para fazer a leitura da mensagem que o Seoldo, distante fisicamente e tão próximo, enviou-nos, secundado ainda pela Rosimere, que leu a mensagem também nos enviada pela Judite, com especial dedicação dirigida às amigas – ver textos abaixo.
Escultura do Espírito Santo oferecida
à Nazaré pela Fátima
E as conversas de reencontro tomaram conta do ambiente entrecortadas pela cerveja, refrigerantes e acepipes, que já nos acostumamos a enaltecer, servidos pelas irmãs do Santana. E a alegria foi se achegando à noite até que fomos convidados a dirigirmo-nos ao refeitório do convento onde nos esperava um jantar preparado pelos padres e noviços, os quais nos  foram todos apresentados, inclusive um indonésio que pouco falava o português:

Padres:
Júlio César Evangelista Resende (prior), Elione Corrêa, Wilson Burato Dias, José Cláudio Nilton, Raphael Priyo Handyanto e André Dadang;

Noviços:
 Hiago Henrique, Carlo Eduardo Sousa Retori, Marcos Antônio Rodrigues Lélis e Daniel de Souza Gomes. 

Cátia e Edgard, o re-
encontro com as ma-
ravilhas divinas. 
Durante o jantar pude conversar demoradamente com o Edgard, que expressava júbilo por tudo que lhe estava acontecendo, demonstrando um fervor inusitado com o seu (re)encontro com as maravilhas divinas. A alegria que encontramos no Edgard foi uma das melhores marcas deste Encontro.

Mas havíamos abandonado a princesa encantada lá em cima à espera do Infante, dormindo dentro do muro de sua inconsciência. E como a noite já ia alta, o sono da princesa nos convidou para sua companhia, levando aos sonhos uma esperança.


II

Ele tinha que, tentado,

Vencer o mal e o bem,

Antes que, já libertado,

Deixasse o caminho errado

Por o que à Princesa vem.


Enquanto descansávamos o Infante cumpria sua jornada de herói entregando-se aos prazeres e cruezas do mundo. Como o grande Hércules, ele teria que, sem escolha, descer ao mundo de Hades para vencer o seu guardião, e experimentar os excessos da insanidade, antes que, redimido pela experiência, deixasse o caminho errado.

E no acordar do sábado havia a programação das Laudes  e o café da manhã.  Em seguida o Padre Júlio falou sobre a Ordem da Santa Cruz e fez suas reflexões sobre “Olhar do Papa Francisco sobre o mundo atual”, onde, se enalteceu o Papa pelo seu carisma e ativismo, também mostrou restrições a algumas atitudes que “nos incomodam”, conforme suas palavras. Solicitado a enumerar tais incômodos, falou da frase “mexicanização da Argentina”, pelo seu caráter não diplomático; pela defesa aos atacantes do Charlie Hebdo quando disse que - citando de memória - se alguém agride sua mãe, você revida com um soco na cara.

O que iniciou um debate acirrado foi a questão referente à facilitação de anulação de casamentos, onde a posição radical do Ázara contra qualquer possibilidade de dissolução de casamento se contrapôs ao Edgard, beneficiado por este dispositivo. Confesso que fiquei surpreso ao perceber no primeiro o fundamentalismo, pois parece incompatível com seu jeito brincalhão e moleque.

Tendo o Padre encerrada a sua palestra, o Tupi voltou a distribuir novas folhas de orações anteriormente preparadas. Aqui também houve um dissenso entre os easistas, pois alguns deixaram o recinto por não concordarem em transformar nossos encontros de amizade em encontros religiosos. A crença ou não crença de cada um deve ser respeitada. Não achamos que esse tipo de atividade não deva haver, mas simplesmente não deve ter caráter coercitivo; dever-se-ia fazer um convite aos que espontaneamente queiram participar.


Eustáquio também falou antes do 
almoço

Fomos chamados para o almoço no refeitório do convento nos moldes do jantar da véspera. À esta atenção dos padres temos muito a agradecer, acolhida melhor não poderíamos imaginar:
 jantar, almoço, palestra e a oferta das dependências do convento onde diversos easistas se hospedaram.

Voltemos então ao nosso Infante que abandonamos em sua hercúlea jornada através dos caminhos desregrados.

III

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,

Sonha em morte a sua vida,

E orna-lhe a fronte esquecida,

Verde, uma grinalda de hera.


A Princesa, ainda inconsciente das lutas pelas quais o Infante enfrenta, sonha talvez com ele. A grinalda de hera que lhe orna a fronte pode nos levar à ciumenta deusa da fidelidade, Hera, que por causa das traições de Zeus perseguiu Héracles-Hércules desde o seu nascimento: sendo a infidelidade um motor potente o suficiente para desencadear tormentos de culpa.

E a nossa jornada no sábado continuava sem compromissos escalados para a tarde. Alguns colegas foram assistir a um ensaio da fanfarra do Colégio Dom Cabral na Vila Vicentina, outros preferiram recuperar-se para a jornada da noite que se anunciava.


IV

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,

Rompe o caminho fadado,

Ele dela é ignorado,

Ela para ele é ninguém.


E o Infante continua a trilhar o caminho que lhe foi predestinado inconsciente do seu objetivo fatal.

Na noite do sábado estávamos convidados a uma missa na Capela da Santa Cruz. Após a missa, corações mais leves e liberados para alguns excessos, fomos para o pátio do Colégio Dom Cabral onde as mesas de concreto foram cuidadosamente paramentadas pelo bufê da Tuza,   BUFFET KI-KOMIDA  - assim com letras maiúsculas para tentar deixar transparecer a gigantesca qualidade e eficiência de seus serviços - ,  para o que foi programado como uma Noite de Roda de Viola.

Juntou-se ao grupo nesta noite o Clayton, nosso colega da turma de 1964, e sua esposa Regina. Ausente na noite, o Baliza não deixou de enviar pelo Eustáquio as garrafinhas de cachaça com o rótulo do VII Encontro, objeto de coleção para alguns colegas.

E a noite correu sob um elenco de músicas, muitas das quais embalaram nossos momentos na sala de recreio antes da hora de dormir. O olhar se dispersa um pouco e ainda vê o Eustáquio, um pouco mais novo, a cabeça não tão branca, a revirar os discos na vitrola, amparado pelos pitacos de alguns colegas sentados ao redor, mas, aí, a visão do Padre Humberto embaçou tudo...

Santana se revela e Ázara continua dançando
Enquanto a Germana novamente corria livre para colocar em alguns mais exaltação, o Ázara não perdia uma música,bebia  as notas caídas no seu copo e dançava, incansável, noite adentro.

Os garçons não nos deixavam descansar, sempre prontos a encherem nossos copos e a oferecer-nos os deliciosos salgados ofertados pelas irmãs do Santana.  A brincadeira mais comum na noite foi “senta aqui, puxa uma cadeira”, o que o concreto se recusava a concordar.

Não se deixou de cutucar o Rafael com a música que o Padre Humberto o repreendeu por não ser adequada a seminaristas, e lá foram pedir ao cantor que tocasse “Sapore de Sale” e “Quando Calienta El Sol”. E pudemos ouvir:

Sapore di sale
(Gino Paoli, Ricky Gianco)


Sapore di sale,                     (Sabor de sal,)

sapore di mare,                   (sabor de mar,)

che hai sulla pelle,              (que tens na pele,)

che hai sulle labbra,           (que tens nos lábios,)

quando esci dall'acqua      (quando sais da água)

e ti vieni a sdraiare             (e vens deitar-te)

vicino a me                           (pertinho de mim)

vicino a me.                          (pertinho de mim.)

Sapore di sale,                     (Sabor de sal,)

sapore di mare,                   (sabor de mar,)

un gusto un po' amaro       (um gosto meio amargo)

di cose perdute,                  (de coisas perdidas,)

di cose lasciate                    (de coisas deixadas)  

lontano da noi                     (longe de nós)

dove il mondo è diverso,   (onde o mundo é diferente,)

diverso da qui.                     (diferente daqui.)

Qui tempo è dei giorni       (Aqui o tempo é de dias)

che passano pigri                                (que passam lentos)

e lasciano in bocca             (e deixam na boca)
il gusto del sale.                   (o gosto de sal.)
Ti butti nell'acqua               (Mergulhas na água)
e mi lasci a guardarti          (e me deixas a olhar-te)
e rimango da solo               (e fico sozinho)
nella sabbia e nel sole.       (na areia e no sol.)
Poi torni vicino                    (Depois voltas)
e ti lasci cadere                   (e te deixas cair)
così nella sabbia                  (na areia)
e nelle mie braccia             (e nos meus braços)
e mentre ti bacio,               (e enquanto te beijo,)
sapore di sale,                     (sabor de sal,)
sapore di mare,                   (sabor de mar,)
sapore di te.                         (sabor de ti.)



Cuando calienta el sol










Amor estoy solo aqui en la playa,
es el sol quien me acompaña
Y me quema, y me quema, y me quema


Cuando calienta el sol aquí en la playa

Siento tu cuerpo vibrar cerca de mi
Es tu palpitar, es tu cara, es tu pelo
Son tus besos me estremezco, oh oh oh!

Cuando calienta el sol aquí en la playa
Siento tu cuerpo vibrar cerca de mi
Es tu palpitar, tu recuerdo, mi locura
Mi delirio, me estremezco, oh oh oh!


Cuando calienta el sol

Aquí en la playa
Cerca de mi
Es tu palpitar

O cansaço pouco a pouco foi cuidando de deixar as mesas de concreto ainda mais rígidas de solidão, dos últimos remanescentes o Lua encontrou um grande camarada no Carlos Eduardo, um dos noviços, lá mesmo de Campo Belo, marinheiro experimentado que já cruzou os mares do nosso globo.



V

Mas cada um cumpre o Destino 
ela dormindo encantada,

ele buscando-a sem tino

pelo processo divino

que faz existir a estrada.


No livro de Philip K. Dick, “O Homem do Castelo Alto”, pode-se ler esta frase que também fala dessa estrada difícil:
“mesmo se uma só pessoa encontrar o caminho... significa que há um caminho, mesmo que eu pessoalmente não o alcance.”

Domingo: o dia seria passado no sítio da Maria das Graças, e no Hotel Champagne já nos juntamos para o café da manhã e para a espera do ônibus.
Em Santana do Jacaré
Lá fomos novamente para Santana do Jacaré rever o rio que tantas lembranças traz aos easistas; hoje, um tanto esmaecido como todas as nossas águas, já não é mais um jacaré, talvez possamos dizê-lo um mero camaleão. Ultrapassamos o rio, atravessamos toda a cidade passando em frente ao seu mais ilustre prédio, a casa onde ainda hoje habita a mãe do Santana, Senhora Margarida, e chegamos ao sítio.
Uma mesa estava preparada com um café da manhã que me entristeceu por ter tragado o meu no hotel. Requintes dessa família que fez dos quitutes uma arte de bem servir.
Quem quis abraçou o Jatobá que viu o Toinzé crescer
Após a fartura da mesa, fomos convidados a abraçar o Jatobá. Perceberam o “o”? Pois é assim mesmo, não um jatobá, mas o Jatobá que viu o Toinzé crescer, e vice-versa; até não seria exagero dizer que conhecemos mais um irmão do Santana, e que este fica devendo-nos um livro, onde superando José Mauro de Vasconcelos, fale-nos de toda sua trajetória infantil ao pé daquele irmão. Muitos braços ao redor do tronco foram unidos para o abraço. Alguns, com saudade dos tempos do seminário, procuraram no chão algumas vagens – já não restavam na árvore – que ainda pudessem saborear, outros se interessaram nas sementes para plantar.
Vontade de beber café
Enquanto ali na sombra daquela árvore rainha do sítio, ouvimos os relatos do Toinzé sobre os tempos que ali cresceu. Do levantar-se de madrugada para fazer o café antes de pegar a estrada para ir à escola, da caminhada de cerca de uma hora ao lado da irmã, da vez em que, tonto de sono, acordou, fez o café e só então descobriu que ainda era meia-noite, pois o pai, tendo percebido o engano, ficou calado até o café ficar pronto, pois “eu vi que cê tava enganado, mas tava com vontade de beber o café”.
Enquanto caminhamos deixando o Jatobá em sua paz, vamos continuar na saga do nosso já querido Infante.
VI
E, se bem que seja obscuro c
tudo pela estrada fora,

e falso, ele vem seguro,

e, vencendo estrada e muro,

chega onde em sono ela mora.


A estrada muitas vezes causou duras penas, lutas inglórias e injustiças, mas o que importa é que a estrada existe; suas pedras pouco mudam de lugar, mas cada Infante que por ali se aventura as pisa de maneira inusitada, às vezes esmagando-as, às vezes caindo num tropeço.
Mas ali no sítio tudo é a pura alegria do compartilhamento da amizade que nos une embalada por um sol sem o sabor de mar, mas com o sabor de suor que a piscina de três lugares, como o Santana nos prometera, estava apta a mitigar.
Dona Margarida quando chegava para 
sonhar conosco. 
A turma foi se reunindo junto a muitos familiares do Santana, inclusive a Dona Margarida esteve ali na sombra conosco. Primeiro apareceram as cervejas e os refrigerantes para ajudar a expelir o calor, um pouco mais tarde, devido à coragem do irmão do Santana, Paulo Roberto, de enfrentar o calor das brasas, os churrascos passaram a tomar o tempo de todos, que não se recusavam a contrariá-los. E ainda houve o almoço servido para os mais corajosos.
Após o almoço chegou a hora de nossa reunião para decidir o futuro de nossos encontros. Falou-se em diversas opções, tendo o Benone proposto um encontro turístico em Bonito- MS, O Lua voltou a oferecer Morretes – PR, além da possibilidade de Arraial D’Ajuda, desta vez prometendo colocar seus amigos, donos das pousadas, diretamente em contato com os organizadores dos encontros.
Devido ao caráter supressivo das demais, a primeira proposta apresentada para votação foi a do Nonato: todos os nossos encontros deveriam acontecer em Campo Belo, lugar de nossas origens agregadoras, mas a maioria rejeitou-a.
Uma segunda proposta, também supressora dos encontros turísticos, foi apresentada: os encontros deveriam ser circunscritos a lugares que tivessem alguma relação com os easistas, sendo citadas as cidades de Senhora de Oliveira, Leopoldina e Juiz de Fora para os próximos encontros. A maioria aprovou esta proposta sepultando, para desaponto do Benone, a ideia de encontros em lugares turísticos.
Vista parcial de Senhora de Oliveira
Em seguida o Eustáquio propôs, Lulu e Edgard concordaram com alegria, que nosso próximo encontro acontecesse em Senhora de Oliveira, o que foi aceito quase por unanimidade, definindo assim o próximo como um encontro bucólico nos moldes do que tivemos em Nova União. 
Tudo acertado, hora de voltar a Campo Belo onde a noite ainda nos reservava algumas surpresas, pois devido ao desfile que acontecia na praça principal as ruas achavam-se bloqueadas, trazendo-nos dificuldades para circular e encontrar um restaurante para jantarmos. Mesmo que alguns não pudessem comer queijos e afins, tiveram todos que   resignarem-se a enfrentar a pizzaria.
VII
Segunda-feira:
O José Geraldo convidara-nos a todos para um almoço em seu apartamento que fica justo em frente à praça principal onde aconteceria o desfile. Devido ao compromisso com nosso netinho de buscá-lo na escola por volta do meio-dia, tivemos que declinar o convite e, em companhia do Lua, voltamos cedo para Belo Horizonte. 
Transcrevo, então, palavras do Lulu e do Santana sobre a agradável manhã:
Os anfitriões já nos haviam alertado: venham cedo porque o espetáculo merece ser visto desde o início. Rosalino cumpriu à risca essa orientação e foi o primeiro a chegar e,  como sempre acontece,  filmou tudo – não sei se para compartilhar, mas com certeza para atender a sua sina de colecionador.  O certo é que antes das nove o ap só não estava cheio porque é tão espaçoso quanto bonito.   Além dos donos da casa, amigos e vizinhos, e não eram poucos, lá estavam o Clayton e sua esposa, Regina, Nonato e Nazaré, Edgard e Cátia, Lulu e Maria José, o casal dançarino, Ázara e Ica, Rosalino e Antonio José, o Santana. O padre Wilson só chegou depois de encerrado o desfile, pois era linha de frente da fanfarra do Dom Cabral.  José Geraldo e Marta circulavam preocupados em bem receber, verificando se a fartura de bebidas e canapés estavam chegando às varandas, que são duas, uma no quarto da frente e outra  como prolongamento da grande sala de recepção.  Espaço não faltou e muito bem colocado para quem quisesse ver o que acontecia na grande Praça Cônego Ulisses, e nesse dia quem não haveria de querer:  ali passou, entre tantas, a  bem ensaiada fanfarra do Colégio Dom Cabral. Ritmo, beleza das musicas escolhidas, beleza das meninas que marchavam à frente.  Como disse o Santana,  o Padre Wilson regia a fanfarra fazendo-nos lembrar o saudoso Padre Cornélio em toda sua exuberância.  Houvesse prêmios, seria , sem dúvida, a vencedora.
Por fim, depois de muita cerveja, refrigerantes  e petiscos, posamos para fotos e fomos ao almoço. Nem precisa dizer, quem caprichou na entrada não deixaria de se esmerar no prato principal: lombo de porco, arroz à mineira, tropeiro e uma salada de fazer inveja aos melhores gourmets do mundo. 

Acendeu a chama do
amor, o castiçal da
amizade, um presente
do casal José Geraldo
e Marta..
Além de tudo isso, o casal amavelmente distribuiu presentes para as senhoras easistas, cuidando em arrumar portadores para a entrega às que ali não puderam comparecer.
Se a jornada do nosso VII Encontro acabou, a do Infante ainda está em curso. Depois de tantas voltas, tantos caminhos tortos, agora o nosso Infante, amadurecido, tal qual o filho pródigo, está pronto para o retorno.
E, inda tonto do que houvera,

à cabeça, em maresia,

ergue a mão, e encontra hera,

e vê que ele mesmo era

a Princesa que dormia.

Vista de frente do modelo em gesso patinado 'Psiquê revivida
pelo beijo de Eros', de Antonio Canova, exposta no Museu
Metropolitano de Arte, Nova Iorque.
Dante Alighieri representou nossa jornada pela vida como um semicírculo, a metade inicial do arco simbolizando o período da infância e do amadurecimento. Essa vida exterior de busca, perplexidade e incompletude atinge o ápice aos 35 anos; a partir daí, a consciência da vanidade nos empurra de volta à vida interior, à busca de nosso verdadeiro Eu, ou Alma, ou Cristo, ou o Amigo. Fernando Pessoa estruturou o poema em sete estrofes de cinco versos cada, representando os trinta e cinco anos. Há um dito popular que diz que a vida começa aos quarenta.

E assim nos despedimos certos que teremos no próximo ano um Encontro que nos será oferecido, no mínimo, com o mesmo carinho que recebemos neste, sob a coordenação, que já sabemos eficiente, do Lulu e do Edgard. A este desejamos que sua alegria continue a contagiar-nos com felicidade e esperança.

oooooooo - oooooooo


Texto do Seoldo:

 SAUDOSOS EASISTAS E FAMILIARES,

 CUMPRIMENTOS RESPEITOSOS AOS PADRES CRÚZIOS E SEMINARISTAS.

 PREZADOS DEMAIS PARTICIPANTES,


      "NENHUM VENTO SOPRA A FAVOR DE QUEM NÃO SABE PARA ONDE IR". (JÁ DIZIA O SÊNECA). GRAÇAS À PRESSÃO DA NOSSA AMIGA EASISTA ROSIMERE MOREIRA E À RÁPIDA INTERVENÇÃO DO GRUPO RAFAEL / RAIMUNDO / TUPI / LULU, O VII ENCONTRO FOI SALVO! NO FIM, PARABENS A TODOS PELA AJUDA NA ORGANIZAÇÃO, COMO O TOINZÉ  SANTANA / EUSTÁQUIO / BALIZA / PADRE JÚLIO, E OUTRO(A)S... O CARÁTER FUNDAMENTAL DESTES ENCONTROS É A RAIZ CRÚZIA, QUE NOS ATRAIU NO PASSADO E QUE SE CONFIRMA AGORA ATRAVÉS DESSA NOSSA UNIÃO. SE CIÊNCIA É CONHECIMENTO ORGANIZADO, SE SABEDORIA É VIDA ORGANIZADA, ENTÃO ESSES NOSSOS ENCONTROS SÃO SAUDADES ORGANIZADAS.



CABE  AQUI UM PEQUENO SILÊNCIO PARA EASISTAS / FAMILIARES / PADRES QUE PASSARAM PARA O "OUTRO LADO DO CAMINHO". LEMBREM-SE DO CONSELHO DE OUTRO VELHO SÁBIO: "PARA SE TER VIDA LONGA É PRECISO VIVER DEVAGAR". O SUPORTE DO GRUPO PARA AQUELES QUE LUTAM COM SEUS PROBLEMAS É UMA PEQUENA CARGA DE TODOS. COMO JÁ DISSE UMA VEZ: NÃO PODEMOS RESOLVER OS PROBLEMAS DE CADA UM, MAS, SIM, PODEMOS ABRAÇAR CADA UM COM SEUS PROBLEMAS. POR FALAR EM ABRAÇO, O TUPI FICOU ENCARREGADO DE DAR UM SEGUNDO ABRAÇO A CADA PARTICIPANTE EM NOME NOSSO (JUDITE E EU).



COMO REFERI NA MINHA ENTREVISTA:  "QUEM FALA MUITO, ERRA MUITO;  QUEM FALA POUCO, ERRA POUCO; E O SILÊNCIO NOS AJUDA A ERRAR MENOS". A VIDA MUDOU, PORÉM NÃO DESAPARECEU.


ABRAÇOS SAUDOSOS A TODOS.


OBRIGADO AO EASISTA EDGARD ALFENAS PELA LEITURA DESTA MENSAGEM.




                                                 D O N A    N O B I S    P A C E M !






 EASISTA Geraldo H. Seoldo Rodrigues

( Tucson / Arizona / USA)  -  Setembro 2015 - VII ENCONTRO EASO.




                                                oooooooo - oooooooo



Texto da Judite:

Minhas queridas amigas, companheiras e demais EASISTAS

Saudações a todas! Meu coração está cheio de saudades e ao
mesmo tempo de frustração por não lhes acompanhar neste
Encontro de Campo Belo.

As milhas nos separam, porém o espírito de amizade, de
irmandade e de preocupação para cada um de vocês supera a
distância.

Acabo de assistir a chegada do Papa Francisco – um homem de
Deus que traz uma mensagem aplicável a qualquer pessoa
humana. Chorei de emoção como muitos aqui nos Estados
Unidos – que no momento se acham um pouco des unidos. O
mundo está precisando tanto da mensagem dele – não somente
das palavras, mas da sua demonstração na vida que ele vive.

Um bom proveito a todas nestes dias juntas. Fiquem certas de que
estou com vocês espiritualmente. Que Deus nos reúna no próximo
ano.

Abraços, minhas amigas,

Judite

Tucson, Arizona
Um abraço para Judite



  

37 comentários:

  1. Entendo que Siovani nos brinda com um relatório que fala muito para poucos; e, pouco para muitos. Ao intercalar versos do poema Eros e Psique de Fernando Pessoa, do Cancioneiro, livro onde se encontram seus poemas mais esotéricos, assim se torna, como autor do relatório, também em um hermético e busca sintonia com a vida a que dedica seu texto mais do que com a linha de tempo do VII Encontro. Não importa a analogia forçada e mantida com cunhas feitas às pressas para fazer parelha dos fatos de um simples Encontro com o caminhar descrito por um poema de valor universal. Para mim essa dicotomia não empobrece o conteúdo e enobrece o autor. Fico, de um lado, com a muito bem escrita narrativa do Encontro e, do outro, com a mensagem que a poesia traz em profundidade e que pode se encaixar na vida de muitos – e mesmo que sirva de alento ou reflexão para uma só pessoa, já terá valido a pena —, até para aqueles que hoje são considerados fundamentalistas. De todos os poemas do livro o Cancioneiro, esse me parece o mais simples e, talvez por estar ao alcance de minha compreensão, o mais belo. Contudo, essa compreensão não exaure as possibilidades de amanhã eu mesmo ter outra, e teria o maior respeito se outros discordarem das considerações que anoto hoje. Ao compreender (ou pensar que compreendo), contudo não concordo com tudo que o poema diz ou parece dizer. Gosto do seguinte trecho “ele buscando-a sem tino pelo processo divino que faz existir a estrada”. Sempre achei que a grandeza da vida será encontrada na estrada, mesmo que nela tenhamos que nos consumir — Nossos Encontros explicam isso, pois valorizamos um trecho da estrada já percorrido—. Mas não me afino com o final do poema, apesar de sua indiscutível beleza poética, pois deixa uma larga gama de interpretações e todas apontando para a chegada como prêmio e lance final. Em síntese: penso, acredito e valorizo mais o caminho do que a chegada. E em matéria de espiritualidade, mais ainda estou convencido — embora eu saiba que convencimento não é garantia de certeza —que nessa matéria não haverá jamais um encontro definitivo com a verdade acabada, exceto a morte. Mas informo que, em assunto tão subjetivo que foge à alçada da sensibilidade, do entendimento e até da razão, de minha parte não cabe controvérsia, pois se não se pode provar o que é; muito menos o que não é.
    Finalmente agradeço ao Siovani que, como sempre, nos faz pensar e nos torna melhores.

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  2. Quero parabenizar Siovani, Lulu e Santana que tiveram participação ativa no RELATÓRIO DO VII ENCONTRO. Siovani tem um estilo próprio, seria um grande jornalista ou escritor. Lulu é o grande artífice do nosso Blog e Santana deixou-me com água na boca ao descrever o almoço no apartamento de José Geraldo e Marta. Tenho um santa inveja ao ler o Relatório, por não ter a capacidade literária dos autores. PARABÉNS.

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  3. O relato vem impregnado de sublime encantamento para suavizar as ideias que fervilham em minha mente. É composto de entremeadas sugestões que definem linda e maravilhosamente um objetivo que se pensa inatingível, mas que pode ser considerado a expressão definida da decisão divina em caráter imutável que vem sendo aguardada pacificamente. A vida veio de Deus e a Ele deve ser devolvida. É o que tenho praticado cotidianamente, quando me abandono por inteiro Nele, sempre com as palavras: “Senhor, não faça a minha vontade, mas a Vossa”.
    Suas palavras me chegam filtradas na mais fina sabedoria da existência terrena. Lembro-me daquela história em que alguém batia à porta e determinada voz advertia: “Não pode entrar, ainda não está pronto”. Repetidas vezes acontecia esta mesma prática por dez ou vinte vezes, até que um dia a porta se abre e ele se depara com a própria figura. Sabe quem contou?
    Peço licença ao relator para copiar sua ideia. Não pretendo tentar imitá-lo, pois seria impossível mesmo em termos cognitivos. Vou buscar amparo em Fernando Pessoa, poeta a que o relator já havia me revelado sua admiração desde o encontro. Prometeu sem dizer nada e o fez. Para quem sabe ler um risco é um risco. Assim, guardando coerência com minha singela maneira de viver e refletir, coincidentemente opoente a meu irmão Lulu, ficarei com o final, como muito bem destacou o relator: que me encontrou ainda que seja desconhecida a estrada que atravesso.
    “E, se bem que seja obscuro
    Tudo pela estrada fora,
    E falso, ele vem seguro,
    E, vencendo estrada e muro,
    Chega onde em sono ela mora.
    E, inda tonto do que houvera,
    A cabeça, em maresia,
    Ergue a mão, e encontra hera,
    E vê que ele mesmo era
    A Princesa que dormia”.
    Concordo plenamente que nada deve ser coercitivo, pois não combina com o pensamento predominante na contemporaneidade, quando tudo deve ser de livre alcance da vontade e da subjetividade de cada um. Quanto ao nosso amigo Ázara, ele tem lá suas convicções anacrônicas ou adormecidas como a princesa, mas é um grande companheiro. Sussurrei em seu ouvido: “Nem todos têm a sorte de encontrar uma Ica na vida para aguentar um Antônio”. De qualquer maneira, aquele parece ser o casal mais harmonioso do mundo e trata-se de pessoas de nossa estima, apesar de aparecerem somente aos encontros de Campo Belo. No encontro de Senhora de Oliveira, esperamos a presença deles e de todos os participantes.
    Um abraço respeitoso a todos os easistas.

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  4. A foto da Nazaré do nascer do Sol em Campo Belo, talvez ganhasse o Concurso de Fotos, é linda

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  5. Em resposta a Quero parabenizar Siovani, Lulu e Santana que tiveram participação ativa no RELATÓRIO DO VII ENCONTRO. Siovani tem um estilo próprio, seria um grande jornalista ou escritor. Lulu é o grande artífice do nosso Blog e Santana deixou-me com água na boca ao descrever o almoço no apartamento de José Geraldo e Marta. Tenho um santa inveja ao ler o Relatório, por não ter a capacidade literária dos autores. PARABÉNS.,

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  6. Antônio José Ferreira 08/10/201516 de outubro de 2015 às 18:57


    Rafael, Agradeço às referências a minha contribuição, todavia os maiores méritos do relatório são do Siovani que o redigiu e do Lulu que o editou. Na narração, o Lulu e eu contribuímos com a descrição daquilo que aconteceu no almoço e no desfile, pois o Siovani não estava presente. Contudo, esclareço: a descrição fiel e pormenorizada dos pratos que te deixaram com água na boca foi do Lulu e não minha.

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  7. Antônio José Ferreira em 08/10/201516 de outubro de 2015 às 18:59

    O Encontro vem,
    A gente vive o Encontro
    E o Encontro passa,
    Mas o interessante,
    É o que vem depois do Encontro.
    E a gente descobre tonto,
    Nos comentários do Encontro,
    Que no nosso Encontro,
    Existem mais filósofos,
    Que apenas o nosso filósofo,
    Geraldo Seoldo!

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  8. Tuc! Tuc! Tuc!
    Quem bate tão esquisito?
    Is it the man from Tuc, son?
    É o homem de Tuc, filho?
    Bate em quem, só nos filósofos?
    Não sei em quem bate, son
    Mas o som vem de Tucson

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  9. Siovani em 08/10/201516 de outubro de 2015 às 19:02

    Como não posso colocar uma imagem como comentário, fiz uma intervenção no texto para inserir uma foto da bela escultura de Antonio Canova, Eros e Psique, logo abaixo do comentário final do poema

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  10. Caieira em 08/10/201516 de outubro de 2015 às 19:05

    No fundo, no fundo, a responsável pela comida e pela água na boca é a Tuza do BUFFET KI-KOMIDA

    Resposta de Rafael: Quero parabenizar Siovani, Lulu e Santana que tiveram participação ativa no RELATÓRIO DO VII ENCONTRO. Siovani tem um estilo próprio, seria um grande jornalista ou escritor. Lulu é o grande artífice do nosso Blog e Santana deixou-me com água na boca ao descrever o almoço no apartamento de José Geraldo e Marta. Tenho um santa inveja ao ler o Relatório, por não ter a capacidade literária dos autores. PARABÉNS., por Jose Rafae

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  11. Raimundo Nonato Costa Parte I em 15/10/201516 de outubro de 2015 às 19:10

    Mais uma vez foi realizado com sucesso o nosso encontro graças a aceitação de todos os participantes que, de uma forma ou e de outra prestaram sua colaboração, mesmo que seja com suas presenças porque sem as quais não haveria encontro. Saliente-se que é de importância capital a dedicação daqueles que tomam a frente nas organizações dos nossos eventos como foi o caso do Eustáquio, do Santana e dos Padres, que como em todos os encontros, realizados em Campo Belo, se interessaram e se dedicaram com capricho para a realização e o nosso bem estar nestes eventos. E já vislumbro o sucesso que será o VIII Encontro, em Senhora de Oliveira, sou testemunha da empolgação com que estão envolvidos os seus organizadores, não vou comentar para não estragar a surpresa.
    Neste VII Encontro houve um fator de suma importância que valorizou mais os propósitos dos Encontros: foi a aceitação e a participação dos novos padres Crúzios de forma muito efetiva, e tal gesto levou-me a assimilar que foi como que os Crúzios não nos esqueceram e abrigaram por uns dias algumas ovelhas desgarradas. É claro que todos nós somos sumamente agradecidos como já ficou demonstrado nos comentários anteriores, e rogo aos amigos que nossos agradecimentos não fiquem só em palavras e intenções, vamos demonstrar isso com uma ação efetiva não só por esta acolhida neste Encontro, mas especialmente porque neste gesto nos os Crúzios estão demonstrando o seu esforço de construir um novo convento e de já estarem trabalhando na formação de novos padres para labutarem na seara do Senhor, trabalhos esses, que se fosse a vontade de DEUS, seriam realizados também por alguns de nós, estaríamos com eles nesta faina. Não podemos esquecer que muitos de nós, como eu, devemos e muito à Congregação dos Cruzios pela qual eles hoje trabalham de forma hercúlea. Então que a nossa forma de agradecer seja também participando da campanha criada pelos AMIGOS CRÚZIOS para ajudar no término da construção do Convento. Acredito que ajudando dessa forma estaremos também ajudando na evangelização. Uma das formas mais rápidas de ajudar é ligando para o Telefone (35) 3831-1739 e fornecendo os números da agência do banco pelo qual deseja efetuar a contribuição e de sua conta corrente, para desconto automático mensal ou comunique-se através do e-mail: amigos@cruzios.org.br

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  12. Raimundo Nonato Costa Parte II em 15/10/201516 de outubro de 2015 às 19:15

    chei maravilhosa a participação do prior do Convento, Padre Júlio Cesar, nos brindando com uma ligeira palestra sobre o Carisma da Ordem e ter-nos feito refletir sobre '' Olhar do Papa Francisco sobre o mundo atual''. Gostaria que em outros encontros houvesse a participação também dos demais padres. Muito interessante o debate ao qual tive que me refutar para não polemizar mais ainda, pois poderia prejudicar, em função do tempo, o qual foi magistralmente controlado pelo Padre Júlio. Do debate que se prolongou nos corredores, depois da palestra e sem a presença do Padre Júlio, ouvi muitas pérolas e cada uma com orientação as mais diversas. Na verdade, a crise na Igreja é grave! E por isso estamos todos confusos. Em ''Poder Global e Religião Universal '' de autoria do Monsenhor Juan Claudio Sanahuja, ele delineia os aspectos, a profundidade e a amplitude da atual crise, elucidando o processo e as estratégias de uma reengenharia social anticristã em curso, que visa minar a sã doutrina católica, desconstruindo conceitos para corroer por dentro as bases do edifício cristão e destruindo a Igreja de sua identidade e força. “Estamos em tempo de perseguição- afirma Sanahuja-, mas acima de toda consideração acomodatícia, a fidelidade a Jesus Cristo nos exige defender, promover, ensinar, transmitir as verdades imutáveis – os princípios inegociáveis -; mas todos sabemos, leigos clérigos, que esse caminho é humanamente inseguro, porque, ao não aceitar os esquemas mentais politicamente corretos, recusamos ser incluídos na categoria de novos cidadãos, segundo o que a Nova Ordem define como paradigma da nova cidadania ''. Uma das pérolas que ouvi quando entrei no debate, foi que a igreja esta antiquada e, com vários argumentos justificavam a necessidade de mudanças e que o Papa Francisco estava aí para atualizar a Igreja etc... Lamentei que em nossa época de seminário não nos ensinaram muito sobre os fundamentos da religião, nem mesmo sobre a história da Igreja Católica e ficamos muito vulneráveis a outras doutrinas e filosofias. Não nos passaram que não se pode invalidar os Mandamentos de Deus para estabelecer novas tradições e ideologias. Estamos ao ponto de transformar Estas Normas, que devem visar o sobrenatural, numa espécie de idolatria, arrancando os autênticos preceitos morais e criando uma religião ''moderna'' diferente da verdadeira, totalmente desprovida do cunho religioso e separada de Deus porque se apóiam em ditames da modernidade, determinados pela vida social desta época. Querem divinizar a lei humana e dessacralizar e humanizar a Lei Divina.
    Contudo, já são decorridos mais de dois mil anos, a Santa Igreja passou por grandes procelas e convulsões, mas continua de pé e, aconteça o que acontecer, permanecerá firme até o fim do mundo. A Igreja não corre risco de que seu poder seja usurpado pelas hostes infernais, porque alicerçada na promessa de Cristo: '' O poder do inferno nunca poderá vencê-la

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  13. Raimundo Nonato Costa Parte III em 15/10/201516 de outubro de 2015 às 19:18

    Em contraponto a surpresa do Siovani ao perceber o que ele chamou de ''Fundamentalismo'' do Antônio de Ázara eu fiquei admirado pela firmeza, coragem e a vibração com a qual o Ázara defendia um princípio que ele acredita estar ameaçado, cuja igreja sempre ensinou e que ele professa, num momento conturbado e que muitos não sabem o que esta acontecendo com a Igreja Católica na qual o seu chefe maior toma atitudes às vezes incompreendidas por seus fieis. Existem forças ideológicas anticristãs atuando de modo sutil e sofisticado, especialmente no campo semântico: ''mudar o significado e o conteúdo das palavras é uma estratégia para que a reengenharia social seja aceita por todos, sem protestar'' e às vezes tais palavras são “pejorativadas” para intimidar o fiel oponente.
    Quanto ao caso do Tupy, também relatado, não acredito tratar-se de um desrespeito a crença de ninguém, nem tão pouco de transformar nossos encontros de amizade em encontro religioso, porque em todos nossos encontros sempre teve momentos de religiosidade, acredito sim e acho que o nosso amigo Tupy só deva antes dos encontros, no momento da elaboração da programação, apresentar suas sugestões para as orações que gostaria que a turma participasse e a comissão organizadora irá apreciar e dosar incluindo no programa e assim evitar alterar a programação original, o que realmente incomoda os participantes.
    Desculpe-me pela extensão do meu comentário, o problema é que não tenho o dom de um Siovani, de um Lulu ou Edgar e em matéria de redação não sei ser sintético, conto com a compreensão de todos.
    Abraços fraternos, amo todos.

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  14. Caieira em 15/10/201516 de outubro de 2015 às 19:20


    Hoje me lembrei do saudoso Marquinhos que, sendo um grande jornalista, anteviu o que poderia acontecer com as postagens do Blog. Parece que foi ontem que ele nos sugeriu o Parágrafo 1° do artigo 2° do regimento interno do blog:. Art. 2º. – Os textos assinados são de inteira e plena responsabilidade dos seus autores, não cabendo aos demais titulares do blog ou ao Conselho Editorial qualquer corresponsabilidade por opiniões, conceitos e juízos emitidos: Parágrafo 1° - Por entendermos que, numa sociedade que pretende ser cada vez mais democrática, aberta e pluralista, debates, opiniões e pontos de vista divergentes são saudáveis e sempre bem-vindos, desde que se manifestem em linguagem e termos adequados, fica estabelecido que, em caso de discordância de algum leitor com relação a opiniões, conceitos e juízos emitidos num determinado artigo ou crônica, sejam feitos o registro, a contestação ou a crítica ao(s) autor(es) através de comentário postado no espaço destinado a tal finalidade

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  15. Raimundo Nonato Costa em 15/10/201516 de outubro de 2015 às 19:24

    Uau , Uau ! Será que feri alguma norma do blog ou a suscetibilidade de alguém? ou estamos com medo de algum ativista?


    Resposta do Editor:

    Normas do Blog você não feriu, ao contrário, seus comentários estão totalmente dentro do espirito delas ao registrar suas discordâncias com relação ao que foi dito ou sua opinião com os fatos ocorridos durante o VII Encontro. Quanto a ferir suscetibilidade, acho que ninguém se sentiu ofendido com o que você disse, mas é melhor esperar para ver. Quanto aos ativistas, confesso que tenho medo deles, pois são muito ativos (rsrsrs).

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  16. Caros amigos : Quero deixar claro que com referência as reflexões e cantos organizados pelo nosso Colega TUPY, a Comissão Organizadora do VII Encontro recebeu com antecedência uma cópia enviada pelo TUPY. Cada membro da Comissão Organizadora aprovou as mesmas. Tanto é verdade que elas constavam da Programacao atualizada em nosso Blog. Talvez elas foram um pouco extensas, poderemos controlar um pouco, já que tivemos também as Laudas juntamente com Padres e Noviços. Abracos a todos

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  17. Siovani em 15/10/201516 de outubro de 2015 às 19:26

    Acho ótimo que o debate que começou durante o Encontro continue aqui pelo blog; oxalá mais easistas aparecessem com suas opiniões. O que escrevi no relatório, evidentemente, é de minha inteira e única responsabilidade; quando assim não foi houve a devida citação. O "religare" implícito na palavra religião tem diversas modalidades de ser buscado e nenhuma destas pode ter a pretensão de ser a única verdade, pois eliminando as demais, ela negaria a si mesma.

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  18. Oi Lulu: notei que o meu comentário, salvo engano, desapareceu do blog. Fui censurado ? rsrs - Abraços - Benone, por Benone.

    Resposta do Lulu:
    Benone, não sei como seu comentário sumiu, mas o melhor é você mandá-lo novamente. O certo é que não houve censura e nem poderia, pois de sua lavra só sai ouro de 18 quilates ou diamante lapidado.

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  19. Comentário do editor: esta postagem passou por um tsunami chamado erro do editor. Foi apagada (deletada) por engano e foi recuperada com a ajuda dos outros dois editores (Siovani e Toinzé) e com o trabalho de fazer tudo de novo, inclusive colocar os comentários. Em termos de relato fotográfico, aproveitamos novas fotos e esperamos ter melhorado o efeito inicial. Caso você descubra alguma falha que não percebemos, favor nos comunicar através de comentários aqui mesmo.

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  20. Lulu,

    Parabéns pela recuperação e valorização da postagem, o que demonstra mais uma vez a sua expertise como editor.
    Se houve alguma falha, esta já foi superada. Tudo não passou de um pequeno descuido na manipulação dos arquivos, coisa que pode acontecer mesmo ao melhor dos editores. Todavia, sua performance nesses tempos todos no Blog, podemos dizer que está na casa de 99,9999 ...% de acertos.
    Então, bola prá frente e obrigado por todo seu empenho como editor-chefe de nosso blog.

    Um abraço,

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    1. Obrigado, Santana, espero que não tenhamos que passar por outra.

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  21. Edgard Miranda Alfenas18 de outubro de 2015 às 17:55

    Não considero nada de mais desaparecer algumas destas postagens nas redes sociais, devido a um lapso de memória ou até mesmo pela coordenação motora que já não é tão efetiva quanto antes. Somando-se os 50 anos desde que saímos do Seminário mais os sete anos do VII Encontro, constatamos já estarmos na faixa dos septuagenários, portanto idade que implica responsabilidade. Apenas relembrando os acontecimentos daquela época, logo vamos constatar o clima de sinceridade que mantínhamos entre nós, como o fato de se acusar de alguma falta cometida, como fazíamos no futebol, princípio a que o Lulu continua fiel até hoje ao se acusar pelo acontecido com as postagens. Por outro lado, o comentário do comandante não transgrediu nenhuma norma do blog ou de qualquer outro amontoado de papéis escritos por aí. Ah! Vale lembrar que todo conteúdo aqui postado é de inteira responsabilidade do autor

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  22. Desculpem-me, caros colegas Easistas! Minha 'psique' parou... ficou enfeiticada depois de ouvir o TUC, TUC...TUCSON!!! Parece agora que o quebranto ja' passou. Tambem a imagem de uma Germana encima da mesa com o Lua perto acabou estragando mais o meu balanco... Em resumo,ficamos babando daqui de longe...Estivemos em constante contato com Santana e Rosimere. Sentimos a ausencia de Liana, Chicao/Dita, Alfredo/Marina e de outros que se justificaram. Tivemos de ler o Relatorio do Siovani mais de 3 vezes (nao sei se ficamos embriagados com o 'Eros'); tivemos de ler os comentarios do Lulu e do Edgard umas 4 vezes; por fim, tivemos de ler tambem os comentarios de Raimundo umas 6 vezes!!! "Nao ha' tatu que aguenta" como diz o matuto mineiro. Ficamos com aquele TUC, TUC na cabeca... Ai veio o DILUVIO!!! Tudo desapareceu... Mas o nosso Noe' Lulu sabia guardar bem as coisas na "ARCA"... Tudo reapareceu... so' faltou o arco-iris. Como me chamaram de filosofo , ai vai minha fisosofia:TUDO E' ASSIM MESMO: CADA ESCRITOR COM SEU ESTILO, E CADA LEITOR COM SUA BURRICE. Agrademos mesmo todos os que nos envolveram no VII Encontro. Ha ainda muita agua para passar debaixo da ponte. Vao aguardando... Aquele SOL da fotografia da Nazare 'e igualzinho o que vemos aqui em TUC, TUC, TUCson todas as tardes...Esperamos que aquele jequitiba' que viu o Santana crescer faca uma sombrinha aqui em casa... e, finalmente para o amigo Edgard uma pequena sabedoria do filosfo Hipocrates: Tuas forcas naturais, as que estao dentro de ti, serao as que curarao suas doencas". Abracos do colega Seoldo.

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  23. José Maria Fontes por e-mail18 de outubro de 2015 às 20:22

    GOSTEI DOS COMENTÁRIOS E SENTI QUE O FERMENTO ESTÁ FUNCIONANDO NA MASSA. MEUS PARABÉNS, E MEUS AGRADECIMENTOS, DE COTIA "JOSÉ MARIA FONTES E MARIA DAS GRAÇAS FONTES (ZAZA)"

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  24. Caríssimo Seoldo,
    Você foi muito feliz no seu comentário sobre Hipócrates, o grego considerado o Pai da Medicina. Ele viveu na época em que se amarrava cachorro com linguiça, sendo contemporâneo de Sócrates e Platão. Agora veja bem o que acontece hoje aqui no Brasil: o professor de Química aposentado da USP de São Carlos-SP, Gilberto de Tal, após uma pesquisa minuciosa de anos e anos, conseguiu desenvolver a fosfoetanolamina, uma droga que comprovadamente cura o câncer. O medicamento já curou muitas pessoas e o professor, por ser um homem caridoso, o distribuía gratuitamente. Porém, através de denúncia anônima, a droga foi proibida, só podendo ser obtida por decisão da Justiça. Durante a batalha judicial, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a liberação da droga, porém o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a liberação para uma paciente do Rio de Janeiro. No dia seguinte o TJ-SP reconsiderou a primeira decisão e as liminares voltaram a valer.
    Com a crescente demanda, ficou complicado para USP, o que dá para entender, mas não para “atender”, pois é claro que todos querem viver. Só que aparece o Dr. Dráuzio Varella no Fantástico de domingo passado, se julgando o pai da medicina, para afirmar por hipótese que o uso do remédio cria um grande risco. E cria mesmo, e todos já devem saber para quem... Ora, meu Deus, se a fosfoetanolamina é gratuita e já curou um grande número de pessoas comprovadamente, qual é a dúvida? Será o registro nos órgãos competentes? Então, por que não o providenciam logo? Nosso Brasil parece piada de mau gosto... Sou portador de um câncer em estado avançado e tomaria a droga sem o menor problema com ou sem opinião do homem do Fantástico. Sem dúvida, o grande problema é a gratuidade do medicamento que vai de encontro a muitos interesses envolvidos na indústria farmacêutica.
    Um abraço a todos que concordarem ou discordarem do meu ponto de vista, Afinal, vivemos numa democracia.

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  25. Encontros da EASO: testemunho coletivo de que um dia fomos crianças

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  26. Raimundo Nonato da Costa20 de outubro de 2015 às 11:24

    Testemunha também que continuamos criança , só que agora com um pouco mais de responsabilidades. A propósito , como crianças grandes hoje é dia de cantarmos parabéns pra você nesta data querida. Abraços meu querido amigo seja sempre ļ especialmente no dia de hoje. Que Deus o abençoe com muita saúde.

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  27. Obrigado, Nonato, pelo saudação pelos meus setentão. Chegar nesta idade e ter amigos de seu quilate é gratificante.

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  28. Grande Lulu ! Parabéns e muitas felicidades meu amigo e que a alegria que esse momento desperta permaneça sempre com você. Abraço forte - Benone

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  29. Passando um pouco da meia-noite, ainda é tempo de enviar-lhe um grande abraço e desejar muitos anos de vida, em companhia de seus familiares e amigos.
    Felicidades sempre,

    Santana (Toinzé)

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    1. Obrigado, Toinzé, sempre é tempo de receber um abraço de um amigo de longa data.

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  30. Caríssimos easiastas,
    Todas as vezes em que sento-me à frente do computador, esse velho companheiro que frequentemente deixa-me meio perdido, para escrever qualquer coisa em função de nossos encontros, vocês nem imaginam o quanto sinto-me feliz e realizado, inclusive por ajudar-me e muito a continuar vivendo. Embora tenha sido já a sétima edição, o encontro de julho passado deu-me a sensação de ser o primeiro de uma série. Como o tempo passa, não? Parece que o primeiro encontro foi ontem, após ficarmos cinquenta anos sem nos vermos, salvo algumas raras exceções. Lembro-me até das biritas que tomamos naquele bar da praça, bem lá em cima. Que alegria rever colegas depois de cinquenta anos!
    Porém esse VII Encontro trouxe algo que me emocionou extremamente. Já vinha pensando há anos no fato de que, para uns pode ser simples, mas para mim trata-se um dos mais significativos valores de toda a vida. Falo da recuperação de um exemplar do livro Civilidade ou normas de boa educação, 13ª edição, Coleção Salesiana, Série didática nº 13, que nos era entregue logo nos primeiros dias de internato. Sem dúvida, as lições contidas no compêndio nos ajudam até hoje. Agora, o mais importante é que só tive essa inesquecível oportunidade graças ao nosso colega Edmundo, ao demonstrar sua excelente organização, coerente com o que deve ocorrer em todas as áreas de sua vida. Ele dedicou suas habilidades e competências a um trabalho que presumo requerer excessiva responsabilidade, atenção, exatidão e organização entre outras tantas coisas que não sabemos: controlador de voos. Ao mesmo tempo, demonstrou um grande afeto pelo colega: ao ouvir-me lamentando, naquele pátio musicalizado, por não ter mais o livro de civilidade, saiu calma e silenciosamente e logo voltou com o livro em suas mãos. Entregou-me, proferindo as simples palavras: “Esse é seu”. Vale lembrar o ditado: “O que a mão direita faz a esquerda não deve saber”.
    Obrigado, meu caro Edmundo, que Deus o abençoe, sua esposa, seus familiares e todos os easistas que promovem esses momentos de felicidade.
    Um abraço fraterno do amigo.
    Edgard.


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  31. Raimundo Nonato da Costa25 de outubro de 2015 às 19:27

    Parabéns Lulu, o teu trabalho sobre a moldura do Símbolo do Espírito Santo ficou superlegal, podemos dizer que tu és mesmo um períto nas técnicas e arte com o Computador .

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  32. Quero registrar que me esqueci de pedir ao Siovani para fazer uma pequena mudança em seu relatório. O fato é que durante a reunião realizada depois da missa, em que vários easistas falaram e leram mensagens de ausentes, eu repassei o conteúdo de um e-mail que me fora enviado pelo JHS - João Henrique do Santos, que informava de sua ausência por motivos de problemas de saúde na família.
    Achei importante registrar isso, pois não pode ficar parecendo que deixei de levar ao grupo uma mensagem que me foi passada com verdadeira emoção de quem queria, mas não podia comparecer. O nosso estimado colega JHS nem precisava se justificar, nós sabemos de sua amizade e espírito de coleguismo. Espero que ele possa comparecer ao próximo Encontro, em 2016, e conhecer a cidade mais acolhedora do Brasil, quiçá do mundo, Senhora de Oliveira – MG (todo bairrismo será perdoado).

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  33. Interessante, João Henrique dos Santos - JHS, me lembra também de Jesus Hóstia Santa (JHS). Abençoados sejam João Henrique e família e todos nós seus amigos! Amém.

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